A história do mais famoso roubo de arte da história: a Mona Lisa

Por Rogerio Moreira.

Quem visita o Louvre nos dias atuais e se depara com uma multidão para tentar chegar perto da obra mais famosa do museu, a Mona Lisa, talvez não imagine que o quadro pintado por Leonardo da Vinci entre os anos de 1503 e 1506 nem sempre teve a fama e a visibilidade que tem hoje. O fato que fez toda essa história parecer um filme policial e elevou a Mona Lisa ao status de uma verdadeira “Superstar” do mundo as artes, foi o seu “desaparecimento” em 1911, cuja história, relato abaixo.

Noticia do roubo foi destaque em jornais da época.

CONHEÇA A HISTÓRIA

Na noite do dia 21 de agosto de 1911, foi roubado do museu do Louvre o quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, tornando-se o crime de arte mais famoso da história. O autor da façanha foi o imigrante italiano Vincenzo Peruggia, um ex-funcionário terceirizado do Louvre que passara a noite escondido no museu e após o roubo esperou a abertura das portas para os turistas e saiu normalmente com a obra escondida sob seu casaco.

Local onde a obra era exposta antes do roubo, sem qualquer aparato de segurança.

Depois do roubo, Vincenzo viveu normalmente em Paris com a obra escondida debaixo de sua cama por dois anos. O quadro havia sido fixado pelo próprio Vincenzo nas paredes da exibição, tempos atrás. Depois fugiu com a Mona Lisa para a Itália, segundo ele, com a intenção patriótica de devolvê-la para o povo italiano, pois ele acreditava que a obra havia sido roubada da Itália por Napoleão Bonaparte. Na verdade a obra foi adquirida pelo Rei Francisco I, diretamente das mãos de Leonardo Da Vinci, em 1519, antes da morte do pintor.

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O local, já sem a obra de Leonardo da Vinci: filas para ver a parede vazia.

Nesse meio tempo, mesmo sem todos os recursos de mídia que temos hoje, a notícia tomou o noticiário internacional e transformou a Mona Lisa em uma verdadeira celebridade. Antes disso, pouca gente a conhecia ou sabia de sua existência. A partir deste ocorrido, sua imagem passou a ser utilizada até mesmo em embalagens de chocolate e se tornou um ícone pop. Pessoas faziam filas no Louvre para ver o espaço vazio na parede onde ficava fixado o quadro de 53 X 77cm da Mona Lisa.

Visita ao Museu do Louvre – Vídeo Oficial

Muitos “suspeitos” foram interrogados, entre eles o escritor Guillaume Apollinaire (que chegou a ficar preso por seis dias para “investigações”) e o jovem Pablo Picasso, que não foi preso mas foi levado a depor e teve sua vida investigada. Claro, os dois artistas, assim como todos os outros “suspeitos” foram inocentados.

Picasso foi um dos investigados pelo roubo da Mona Lisa.

O RESGATE

Finalmente a obra foi recuperada em 12 de dezembro de 1913 em Florença quando o autor do roubo tentava repassar a obra para um negociante de arte italiano. O meliante foi julgado e condenado a um ano e 15 dias de prisão, porém através de um recurso (sim, já existia isso na época) acabou cumprindo apenas sete meses e nove dias de cárcere.

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Ficha criminal de Vincenzo no dia de sua prisão.

Por seu ato, Vincenzo acabou sendo considerado por boa parte dos seus compatriotas como herói da arte nacional.

O quadro retornou ao Louvre em 4 de janeiro de 1914 já com enormes filas e um grande esquema de segurança que foi sendo reforçado várias vezes até os dias atuais.

Vincenzo durante seu julgamento: condenação a um ano e 15 dias de prisão.

Este fato assim como Vincenzo, caíram no esquecimento por conta de outro fato importante que ocorreu ainda em 1914: o inicio da Primeira Guerra Mundial.

Em tempo: Vincenzo, ainda serviu o exército na 1° Guerra defendendo a Itália e voltou a viver na França após a guerra, na cidade de Annemasse, onde abriu uma loja de pintura e viveu tranquilamente até sua morte em 1925.

CINEMA

Essa história toda também foi retratada no cinema com o filme PICASSO E O ROUBO DA MONA LISA (2015). Confira o trailer no vídeo abaixo:

BONUS

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Meu nome é Rogerio Moreira, além de jornalista, sou publicitário e estudei em instituições como PUCC, Unicamp e FGV. Apaixonado por história, acredito que o estudo de nosso passado nos ajuda a entender como nos tornamos o que somos hoje. Nesse blog, busco reunir e compartilhar curiosidades e histórias incomuns sobre Paris e a cultura francesa. Dessa forma pretendo mostrar o lado quase que desconhecido da cidade, fora dos roteiros turísticos tradicionais. Vamos comigo nessa viagem?

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